Era uma vez, na década de 1970, em uma maternidade do centro da cidade do Rio de Janeiro. Depois de uns bons tapas, vem o choro. E naquela época, bastava o choro para dar um alento à mãe daquela criança que quase perde a hora de vir ao mundo.
Criado na beira da praia era de se esperar que a criança desenvolvesse gosto pelas coisas da natureza. Sol, mar, a brisa. Vidinha mais ou menos! E assim foi até a pequenez quase acabar, quando a casa própria dos pais deixou de ser um sonho e foram todos para a Zone Norte.
Cresceu numa época que pouco se parece com a de hoje. Quando crianças eram mais crianças e onde se podia ficar até altas horas pelas calçadas das ruas, conversando com o vizinho sobre as novidades do cotidiano.
Já adolescente, descobriu um mundo novo e amores! A música e o valor das amizades verdadeiras que duram por uma vida. Trabalhou, se divertiu, errou, cresceu com seus erros. Fugiu do serviço militar e agradeceu por isso! Queria ser da Marinha, não da Aeronáutica.
Sempre foi um cigano. Anos vividos com os amigos na Ilha do Governador. Anos vividos em outras paragens. Já era agora um adulto, um homem como se diz. Viagens, shows, fugas de última hora. Quase um louco.
Já meio fora de época (?) entrou para a faculdade. Horizonte amplo que lhe fez repensar e crescer ainda mais. Viveu momentos inesquecíveis e virou biólogo, pois músico acho que sempre foi, desde as canções do Lulu Santos cantadas “à capela” em casa nas noites em que faltava luz.
Nariz apontando em frente, seguiu para longe, fez novos amigos, construiu a vida ao lado de uma grande mulher, e viu passar o sopro dos anos em seus cabelos agora com reflexos brancos naturais.
Hoje este sou eu.
Um comentário:
Esse meniino que brincava nas ruas nos áureos tempos, que passava temporadas na Ilha com os amigos, que se descobriu músico desde sempre se tornou um homem responsável, solidário, sincero, alegre,... um homem de bem! Homem esse pelo qual me apaixonei... e me apaixono a cada dia!!!! Te amo demais! Beijos.
Postar um comentário